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sábado, 2 de abril de 2011

Décima Quinta Carta: Meu lençol azul.

"Assim como eu tenho medo de águas profundas, agora tenho medo de dormir fora de casa. Tenho aversão, não medo. Tenho uma aversão à dormir em algum lugar que não seja minha cama. Lá se encontram meus sonhos, meus contos, minhas fábulas, minhas alegrias, minhas lágrimas, meus sorrisos, meus barulhos, meus saltos, meus aprendizados, meus devaneios e... a linha do seu corpo. Assim como minhas vestes aderiram o seu agradável perfume, meus lençóis gravaram o desenho do seu corpo, tão bem acentuado, tão perfeito, tão angelical. Tomei aversão em dormir longe da minha cama, deixando-me sem sua presença. Tomei uma aversão em ficar longe de você. Duas, três noites? Quanto tempo essa distância persistirá? O que vai nos unir de novo? Já sei, eu vou aí até você e, dessa vez, levo meu lençol azul."

Cartas Diretas, obrigado.

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