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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Trigésima Carta: Declaração como você gosta.

"Cara amada dama de madeixas cacheadas, preciso vê-la novamente, preciso comentar a dança do seu aniversário de 15 anos. Estavas deslumbrante, linda e etérea, deslizando como a aparição divina de um Querubim. Flutuavas no salão ao som de um choro dolente, como se a orquestra soubesse que você dançava para eu vê-la. Quando cheguei, fui vê-la e sentir o impacto. Que coisa mais bela! Seu vestido rosa longo emoldurava o seu magnífico corpo, e você bamboleava com a graça e a beleza de uma ave rara. Naquele momento, sinceramente, eu até perdia fala, fiquei de boca aberta feito um idiota. Depois, quando a tive nos braços para dançar contigo a valsa dos namorados, senti toda a felicidade do mundo. Éramos apenas nós dois na escuridão do salão - rodeados de pessoas -, o par mais feliz do mundo. Que grande emoção! Era seu dia de princesa e eu - sortudo - seu mais afortunado súdito. O mais feliz dos mortais. Ao escrever esta carta fui tão formal que talvez esteja estranhando. Sua presença magnânima, e o traje a rigor, me transformaram num indisfarçável romântico. E quando a valsa orquestrada terminou, despertei do sonho... e percebi que havia sonhado um aniversário que eu nunca estive presente. Perdoe-me a babaquice, só queria dizer que te amo."

Cartas Diretas, obrigado.

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