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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Trigésima Primeira Carta: Camaleão.

"Por quê acreditou quando eu disse que havia mudado? Por quê achou que fosse mentira quando eu disse que estava gostando de algo que você também gostava? Por quê acha que não estou sofrendo? Por quê acha que não te amo? Acredite, eu posso ser como eu, mas posso ser como você. E você sabe o que isso significa. Eu posso ser qualquer coisa, posso ser qualquer um. Eu sou um camaleão. Acredite, me camuflei em você. Me camuflei em seus gostos, me camuflei em dor, me camuflei de mudanças. Me revesti de diferenças, contradições. Mas nunca deixei de ser, no fundo, eu mesmo, pois um camaleão posso ser o que quiser, mas nunca deixa de ser um camaleão. Por isso me camuflei em tudo, até no amor. Por quê você não se camufla junto comigo? Por quê não passa a aceitar que eu realmente te amo? Por quê não passa a acreditar na minha dor, na minha palavra? Por quê passou a me ver como a maior mentira da sua vida? Acha mesmo que só você tem direito de dizer a verdade? Desculpe-me, mas eu ainda me camuflo na sua vida, e nunca deixarei de fazer parte dela, como um todo, ou não, como um pequeno pedaço. Basta apenas que eu esteja lá, te vendo, te acompanhando, te amando, sofrendo, mas nunca deixando de estar. Me deixa aqui, camuflado, porque se for pra me tirar, que seja para me aceitar. E você sabe o que isso significa."

Cartas Diretas, obrgiado.

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