Cartas Diretas, obrigado.
Um simples lar no qual cabe meus vocábulos unidos em cartas que direciono ao mundo inteiro. Podem servir de inspiração, conforto, ajuda, ou apenas podem servir de palavras que simplesmente entrarão por um ouvido e sairão pelo outro.
terça-feira, 21 de junho de 2011
Trigésima Quarta Carta: A tal da análise.
"Eu sei, eu sei. Eu estou deliberadamente apaixonado: conto os minutos para revê-lo, fico apreensivo quando os tais minutos chegam e me entristeço inconsolavelmente quando esses minutos se vão tão rápido. Eu me postei sobre a cadeira do cinema para fazer uma análise sobre o filme "Qualquer gato vira-lata..." Sinceramente? Não prestei muita atenção. Sempre fiquei olhando para o lado, para o rosto dela, para a menina de lábios finos, rosto liso, madeixas negras, corpo perfeitamente esculpido e olhos fixos à tela do cinema. À tela, não à minha face. Aqueles olhos me enlouquecem. Aqueles olhos cor de... Ah! Qual a cor mesmo? Ah! Não lembro... Ha! Engraçado... Acho que nunca vi a cor dos olhos dela. Mas... Meu subconsciente, bem lá no fundo dele, diz que são verdes... Não, não! Não são verdes. Nem azuis. Eu não sei o porque, mas nunca vi a cor dos olhos dela, mesmo quando ela segurava meu rosto e dizia "Eu te amo" de brincadeira. Parte de mim quer olhar, mas a outra não olha. Nem se esforça. Engraçado. É que... toda a minha atenção é desviada pros lábios dela, quando ela fala. Não na vontade de beijá-la, de agarrá-la, de surpreendê-la, mas... é aquele sorriso. É aquele sorriso que me tirou toda a concentração do filme. Mas dane-se a análise. Só sei uma coisa sobre o filme: que ele era engraçado, afinal ela sorria o tempo todo."
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário