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sábado, 28 de setembro de 2013

Septuagésima Quarta Carta: Os dois gumes do Orgulho

"Tão natural quanto sorrir e chorar é o orgulho, que está como motivo para tais entre a linha tênue que separa estes. O orgulho é a maior ferramenta de promoção de suas conquistas e capacidades, e isto não é pecado uma vez que se possa crescer a imagem própria, pois de lamúrias de derrotas algumas vezes se atrofiam os objetivos. Orgulho ao mesmo tempo é o corte que perfura sua carne toda vez que notar no calar tarde da noite que não foi capaz de engoli-lo pelo bem comum.

Por isso, deixe o orgulho de lado, ao menos toda vez que o amor for posto em questão sobre a mesa, para que respeito algum desmorone sobre suas palavras - e ouça-me bem quando digo que lágrimas rolam mais gélidas quando notamos o que o orgulho causou.

Então, por favor, deixe o orgulho de lado. O orgulho é uma prova do que tem na sua cabeça, é o melhor reflexo da sua imagem em ascensão e serve muito bem de luva para suas mãos quando precisar se segurar nas conquistas. Por outro lado, o orgulho é capaz de destruir a visão que quem te ama de verdade tem do que há dentro de você, no seu coração, e será necessário apenas uma taça desse cálice maldito para que você tenha por tempo indeterminado a pior imagem possível, cabendo à quem te ama entender o que há de monstro e o que há de criador dentro de você, o que é inocente e o que é intencional por inteiro.

Cuidado, então, com essa faca."

Cartas Diretas,
obrigado.

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