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domingo, 31 de julho de 2011

Trigésima Oitava Carta: Lamúrias, lágrimas do que não fiz.

"Você não sabe nada sobre a dor. Afinal, rosas não sentem dor. Só os cravos, os malditos e odiados cravos. A questão é que ninguém sabe o que sei, ninguém vê o que vejo e ninguém sente - ou sentirá, ou sentiu - o que sinto. Pois saiba que eu não queria estar ali, não naquele momento, não naquela maldita em que meu pulsos coçaram, meus olhos arderam e não conseguia dizer uma só palavra que não fosse ironia. Ironia cria máscaras e maquiagens as quais quem me vê não percebe nenhum tipo de amargura e é por isso que digo que ninguém sento o que sinto. Assim como há uma só verdade, pra mim, só há apenas um único motivo; o que acontece quando se perde esse único motivo? Com certeza me diria que posso achar outros motivos, outras razões. Mas e o que faço agora uma vez que meus objetivos eram motivados por esse único objetivo? Não há respostas, nem pedras, nem apoios... nada, NADA que me faça subir de volta uma vez que se tenha caído fundo o suficiente para não saber de onde veio. Você não tem a resposta, quanto menos eu. Não tente ajudar, não tente piorar. Continue inerte, do jeito que eu te deixei aqui dentro do peito. Tenho dito."

Cartas Diretas, obrigado.

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